terça-feira, 3 de junho de 2008

Destrinchando as Novelas

Evento - Simone Mousse - Jornal O Globo - 01/06/2008

Sílvio de Abreu: o autor será o primeiro convidado do ciclo

Uma novela reflete a realidade ou a modifica, criando modismos? Por que tanta gente tem vergonha de admitir que acompanha capítulo por capítulo? Estas são algumas questões que serão discutidas no “Eu vejo novela”, ciclo de debates aberto ao público que começará dia 04 de Junho, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) às 18h30m. Idealizado pelas jornalistas Cristiane Costa e Valéria Lamego, o projeto terá a participação de autores experientes, como Sílvio de Abreu, Manoel Carlos, Gilberto Braga e Lauro César Muniz , e de pesquisadores do assunto, como Heloísa Buarque de Hollanda, Esther Hamburger e Mirian Goldenberg.

— Até há pouco tempo, muitos intelectuais tinham vergonha de confessar: “Eu vejo novela”. Mas atire a primeira pedra quem não acompanhou o assassinato de Odete Roitman em “Vale tudo” ou torceu por Bebel e Olavo em “Paraíso tropical” — diz Cristiane, autora do livro “Eu compro essa mulher: Romance e consumo nas telenovelas brasileiras e mexicanas”.

A idéia surgiu quando ela e Valéria, noveleiras inveteradas, resolveram oferecer aos fãs do gênero algo que não se vê por aí: oportunidade para debatê-lo. Resolveram, então, botar estudiosos e autores cara a cara.

— As novelas são o principal referencial de literatura de ficção para grande parte dos brasileiros, e muitas vezes o único. Mas a reflexão sobre sua estrutura narrativa, suas mensagens subliminares e seu impacto no imaginário ainda é pequena. Assim como o contato entre autores, estudiosos e o público — comenta Valéria. — Para os intelectuais, ver novela é fundamental como mecanismo para aprender o social. Ao lado da música e do futebol, ela é o tripé do brasileiro.

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