sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

EVENTOS LIGADOS AO PORTAL EM 2007

Tb postaremos, em breve, no Flirck do Portal, mais fotos sobre os eventos em que o Portal teve participação no segundo semestre de 2007, além de posts mais detalhados sobre cada um. Por agora, só um pequeno aperitivo:


Outubro/2007
Lançamento oficial do Portal no Café Intercom/Biblioteca Nacional

A coordenadora prof. Ana Enne, ao lado da prof. Sônia Virgína Moreira, da UERJ, fala sobre mídias digitais.

Novembro/2007
Semana de Monitoria UFF

O monitor Diogo Meneses fala sobre o Projeto do Portal

Dezembro/2007
Encerramento da Disciplina de Artes Digitais

Alunos de Artes Digitais do segundo semestre de 2007, disciplina voltada para a geração de projetos e conteúdos para o Portal

Dezembro/2007
Oficialização da parceria entre o Portal e o Observatório de Indústria Cultural

A prof. Ana Enne participa de debate sobre o filme "Sou feia mas tô na moda", promovido pelo Observatório de Indústria Cultural

Semana de Monitoria - Estudos de Mídia

A Semana de Monitoria, realizada em novembro de 2007, foi marcada pela apresentação dos alunos de Estudos de Mídia. Os projetos foram elogiados, bem como a participação de todos os alunos. Valeu, meninos-monitores: Gueko Hiller, Flávia Neves, Inês Nin, Diogo Meneses, Bruno Castro, Ana Carolina Bull e José Maria Pugas; com congratuações extensivas aos seus orientadores-professores, respectivamente: Marildo Nercolini, Miguel Freire, Ana Enne, Marialva Barbosa, Antônio Jr. e Aníbal Bragança.

Parabéns especiais ao Gueko (na foto abaixo, explicando o projeto do CulturamaUFF), monitor das disciplinas ligadas ao prof. Marildo, que foi aclamado com o primeiro lugar e escolhido como representante do curso para apresentar-se junto aos monitores de outras graduações.


Parabéns também ao prof. Marildo, coordenador de monitoria do GEC, pelo trabalho de altíssima qualidade desenvolvido em 2007. Na foto abaixo, o incansável coordenador auxilia a monitora Flávia Neves com os equipamentos rebeldes.


Em 2008, esperamos dar continuidade às atividades de monitoria, que têm sido proveitosas e enriquecedoras para professores e alunos. Nos caso do portal, a monitoria foi fundamental para o bom andamento do projeto. Nossos sinceros agradecimentos aos monitores Diogo e Inês (na foto, com a coordenadora do Portal, Ana Enne).

Por fim, postamos uma última foto da platéia que assistiu com atenção às apresentações, prestigiando os colegas (agradecemos a presença da prof. Márcia, examinadora externa dos monitores do GEC). Em breve, postaremos mais fotos em nosso flirck e trechos de vídeo dos monitores se apresentando no youtube.


LIHED É CONTEMPLADO EM DOIS EDITAIS DE FOMENTO À PESQUISA

O LIHED (Núcleo de Pesquisa sobre Livro e História Editorial no Brasil), coordenado pelo prof. Dr. Aníbal Bragança, do PPGCOM/UFF e do Departamento de Estudos Culturais e Mídia, teve dois projetos de desenvolvimento aprovados em 2007:

a) "Memória Editorial: preservando fontes primárias para a história da vida literária brasileira (1854-1954)", aprovado no Programa Petrobrás Cultural 2007 e na Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC), do MinC. Este projeto, além dos recursos para infra-estrutura e tratamento do acervo do LIHED, composto especialmente pela documentação e fundo editorial da centenária Livraria Francisco Alves (no período de 1854-1954), inclui também a edição de um livro, a realização de um seminário internacional, uma exposição e a criação de espaço virtual para que seja oferecida acessibilidade ao acervo raro, o que deverá ser realizado em 2008, dentro das comemorações do bi-centenário da instalação definitiva da imprensa no Brasil.

b) Outro projeto, este já com recursos aprovados e liberados, é o da criação do Centro de Memória Editorial no LIHED/UFF, apresentado à Faperj (Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), na linha de Apoio à Infraestrutura de Acervos, e que também se desenvolverá em 2008.

Os projetos contam com a participação de vários colaboradores, da UFF, da UERJ e da UFRJ, e a parceria com o Laboratório de Conservação e Restauração de Documentos (LACORD), vinculado ao Núcleo de Documentação (NDC) da UFF.

Espera o coordenador que o LIHED, como contrapartida, possa continuar a oferecer, cada vez mais, contribuições relevantes para o conhecimento da cultura letrada em nosso país.

Para conhecer mais, acesse o blog do prof. Aníbal (de onde, inclusive, extraímos a foto que ilustra essa notícia).

ótimo artigo sobre televisão, para reflexão e discussão

Edição 465 de 25/12/2007 - http://www.observatoriodaimprensa.com.br/
URL do artigo: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/
Esta matéria foi enviada por Pedro Lapera.


Fonte da imagem


ENTRETENIMENTO NA TV A nobre função de matar o tédio
Gabriel Priolli

"Nós estamos no negócio de matar o tédio", já dizia o apresentador de TV Howard Beale em 1976, em apoplético discurso no filme Rede de Intrigas (Network). O "profeta louco das ondas eletromagnéticas", criado pelo roteirista Paddy Chayefsky e o diretor Sidney Lumet para o que é, ainda hoje, a mais aguda crítica já feita à televisão, suas práticas e seus valores, resumia nessa frase objetiva e franca a missão principal do veículo que fizera dele uma celebridade.
É oportuno recordar a frase nesta época de festas em que as pessoas transbordam de afeto, reúnem amigos e familiares, buscam sofregamente o convívio com o próximo, mas não dispensam o televisor ligado junto à árvore de natal. Um breve olhar para a cena natalina - brasileira ou de outros países, não muito distintos nesse aspecto - é suficiente para demonstrar o quanto a televisão é importante como meio de entretenimento e como são equivocados os discursos que tentam desqualificar essa função em favor de um maior volume - indiscutivelmente necessário - de informação e de educação na tela.
Canal para bebês
A televisão é, sim, um negócio para matar o tédio, antes e acima de qualquer outra coisa que possa fazer pelos humanos. Ela preenche o tempo livre com maior eficiência e menor custo do que outras formas de diversão, o que é a razão da sua universalidade. Qualquer um, pequeno ou grande, pobre ou rico, inteligente ou burro, tem sempre à mão aquele botão redentor do aparelho de TV, para com um simples toque relaxar das tensões diárias, proteger-se da brutalidade circundante e deixar flutuar a imaginação. Ainda mais os solitários, que preenchem suas carências afetivas com os seres e os temas da tela, e que teriam natais sombrios, angustiantes, não fosse aquela luz amiga a cintilar diante de seus olhos.
Seja por interesse mercadológico, nas emissoras comerciais, seja por espírito público, nas educativo-culturais, a televisão se propõe a subsidiar os humanos de afeto e companhia em todos os momentos da vida. Literalmente do começo ao fim dela, como demonstram dois projetos que provocaram curiosidade e polêmica neste ano. Aqui, no Observatório, a colega Leneide Duarte-Plon comentou, no início deste mês, a celeuma causada na França pela introdução de uma emissora voltada aos bebês [ver "Cientistas franceses pedem moratória para canal"). Um pouco antes, em novembro, pipocou planeta afora a notícia de uma emissora lançada na Alemanha para se dedicar exclusivamente à morte e ao luto.
A TV para bebês intitula-se BabyFirst TV e é mais uma oferenda norte-americana aos deuses do consumo. Está no ar 24 horas por dia em 28 países, com um público estimado de 13 milhões de telespectadores, na faixa de 6 meses a 3 anos de idade. Surgiu da constatação de que muitos pais compram DVDs com programas voltados aos bebês, pagando até 20 euros por exemplar, o que configura um polpudo mercado. A emissora oferece 50 programas em sua grade, com conteúdos que pretendem estimular nos bebês o desenvolvimento da linguagem e o conhecimento da matemática, além das "destrezas sensoriais e do jogo criativo".
Fazer companhia e divertir
Os produtores norte-americanos garantem contar com a assessoria de pedagogos e psicólogos infantis, mas os colegas franceses desses profissionais, segundo Leneide, caíram de cacete na emissora, argumentando que na primeira infância a criança precisa mobilizar o corpo e a mente com brinquedos, e não prostrar-se diante da tela da TV. Seja como for, aí está reiterado o fato de que a televisão almeja acompanhar as pessoas desde o início de suas vidas, oferecendo a elas companhia agradável e incondicional a qualquer hora.
Agora e na hora de nossa morte, propõe a Etos TV alemã, "o canal do luto". Vitrine do mercado funerário de seu país, que reúne mais de 3.000 empresas, a emissora aborda sem assombro um tema difícil, convicta de que ele é mais um entre tantos que interessam às pessoas, sobretudo quando enfrentam a morte de parentes e conhecidos, ou a perspectiva da própria partida. É o que mostra sua insólita programação? "Cemitérios como lugares de memória cultural, porque o futuro necessita de origens." Obituários pessoais, "porque a memória conecta as gerações". Além de informações práticas sobre o que fazer diante de um óbito e dicas "de prevenção" porque, afinal, salvo os suicidas, ninguém quer despedir-se da vida antes da hora.
Entre os dois extremos da existência, a televisão procura entreter e confortar os humanos de todas as formas possíveis. Para a infância, já são muitos os canais, repletos de desenhos animados, seriados e shows. Para a adolescência, canais de música pop ou de videogames, como os dois que se defrontam na TV paga brasileira, a MTV e a Play TV. Para a vida adulta, quando os interesses se particularizam e a identidade se define de forma mais complexa, uma infinidade de canais segmentados por conteúdo, sexo, faixa etária, nível cultural. E todo esse amplo leque de opções identificado por um denominador comum: o desejo de fazer companhia e divertir. De matar o tédio.
Discurso confuso
A função de entretenimento da TV, por tudo isso, deveria merecer mais consideração. Mesmo, ou sobretudo, quando os programas têm forma e conteúdo que escapam ao padrão de gosto da elite. Uma boa atração televisiva não precisa ter, necessariamente, aspectos informativos e educacionais; pode perfeitamente oferecer apenas diversão ligeira, descompromissada. "Baixaria" não é o oposto de televisão inteligente; é a degeneração da televisão popular, dos produtos concebidos para as preferências culturais e o nível de cognição da grande massa telespectadora. É totalmente possível uma televisão popular de qualidade, sem baixarias e também sem maiores ambições intelectuais. É possível apenas entreter, sem querer mais do que isso, com ética, respeito e responsabilidade.
O discurso bem pensante a respeito disso, entretanto, é confuso. Quando aborda a TV de entretenimento, costuma jogar no mesmo saco programas razoáveis e grandes porcarias, rotulando tudo de baixaria. Shows de auditório, game shows, telenovelas, musicais sertanejos e programas humorísticos padecem desse preconceito, do qual estão isentos, por definição, os programas de debate, os telejornais, os documentários, os musicais de MPB e as minisséries de inspiração literária - todos avaliados, a priori, como programas sérios e úteis, mesmo que ocultem a mais sórdida baixaria, na forma de manipulação de dados, distorção, parcialidade, omissão, partidarismo etc.
Esforço e utilidade
Essa falsa oposição entre uma televisão de qualidade, identificada somente pelo caráter educativo-cultural, e uma televisão de baixo nível, assim considerada por privilegiar o entretenimento, transborda do pensamento crítico para o juízo comum dos telespectadores. E se expressa num discurso freqüentemente culpado, em que a pessoa clama por mais cultura e educação na TV, mas reconhece que não assiste às atrações que atendem ao clamor. É a culpa pelo entretenimento, culpa por assistir TV apenas para se divertir, passar o tempo, esfriar a cabeça ou pegar no sono.
Outra decorrência dessa percepção geral de que a boa televisão é apenas a que informa e educa - e à qual não se assiste porque, infelizmente, ela exige pensar e pensar dá trabalho, é chato... - está na conceituação da TV pública. Muita gente, incluindo especialistas, acredita que não cabe a ela oferecer entretenimento. Apenas "fazer a cabeça", estimular o raciocínio, prover informações. Essa visão só facilita que as emissoras comerciais descumpram seus deveres para com a educação e a informação e impede que as emissoras públicas definam melhor o seu enfoque do entretenimento. Não há, por exemplo, programas humorísticos na TV pública brasileira. Foram raríssimas as suas tentativas nesse sentido, ao longo da história. E por quê? Fazer rir não é coisa séria, talvez das mais sérias que existem, pela função profilática do humor?
A televisão de entretenimento é legítima. Não há nada errado em divertir o telespectador. Não é obrigatório instruí-lo e informá-lo quando se procura diverti-lo, embora seja conveniente que isso ocorra. Convém que nos lembremos disso nestes dias de festas em que as pessoas buscam estar juntas para celebrar a vida e se divertir. A TV procura fazer isso todos os dias do ano, todas as horas do dia, para todos os públicos, por toda a existência das pessoas. Errando ou acertando, merece reconhecimento pelo seu esforço e pela utilidade do serviço que presta.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Mídia Comunitária

Também repassada pela Bia Polivanov:

"Foi um programa do Globo Comunidade sobre mídia comunitária. Eles pegaram projetos de rádio, fotogradia, cinema e tv na Baixada e advinha sobre quem foi a matéria de rádio? Onda Livre! Muito legal! Queria que meus alunos vissem tb...

O programa foi ao ar no domingo, 19/08/2007, e a chamada na internet é:
"Conheça os projetos criados em comunidades de baixa renda que fazem a inclusão social através de programas de rádio, de TV, da fotografia e do cinema"."

Festa da Pós

Aí, galera, todo mundo de Mídia tá convidado pra festa das Pós em Comunicação.
Informações aí na filipeta.
Repassado pela Bia Polivanov.

sábado, 1 de dezembro de 2007

GT "Diferenças e desigualdades na mídia: um olhar antropológico"

Estão abertas as inscrições para o GT "Diferenças e desigualdades na mídia: um olhar antropológico", da 26ª Reunião Brasileira de Antropologia, coordenado por Nara Magalhães, Isabel Travancas e Sergio Caggiano.O prazo para envio de resumos é 29 de janeiro de 2008, através do site da ABA.

* Informe repassado pela lista do PPGAS/MN/UFRJ

revista MATRIZes



Já está na rede a nova revista do PPGCOM da USP, MATRIZes, com artigos acadêmicos de interesse para o campo da comunicação e áreas afins.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

I Mostra de Mídia e Música

Confira aqui as informações (inscrições, submissão de resumos, programação etc.) sobre a I MOSTRA DE MÍDIA E MÚSICA, que acontece dias 17 e 18 de janeiro, na UFPE.

Exposição de Fotofografias do prof. Miguel Freire na UFF


No dia 21 de novembro de 2007, alunos e professores do Departamento de Estudos Culturais e Mídia participaram da abertura da exposição Rio Paquequer, em que o professor Miguel Freire apresenta fotografias produzidas no decorrer do projeto de extensão que ele coordenou na UFF.

Intitulado "Imagens Naturais", o projeto tinha como objetivo registrar e difundir aspectos do meio ambiente e de ações nele inseridas, através da documentação em filmes, vídeos e fotografias. Sua principal meta é a de criar um banco de imagens de referência à flora e à fauna da Mata Atlântica, particularmente no que diz respeito ao Parque, disponibilizando esse arquivo ao público em geral, inclusive pela Internet (veja aqui o site do Projeto Imagens Naturais; sendo que a criação dessa memória se juntará, ainda, ao esforço de implantação da iniciativa de educação ambiental que já vem sendo implementada pelo Parque Nacional da Serra dos Órgãos.

A exposição tem imagens do fotógrafo e coordenador do projeto, o professor Miguel Freire, planejada e organizada durante a aula de sua disciplina Tópicos em Linguagens Midiáticas. O design da exposição é de autoria do artista gráfico Luiz Sergio Bittencourt. A mostra apresenta 67 fotografias coloridas em 36 pranchas de 100x70 cm, acompanhadas de referências técnicas que são lidas em um programa interativo de computação. Dois vídeos realizados por Miguel Freire e seus alunos falam do Paquequer e do ecossistema da região serrana fluminense.

A exposição pode ser visitada até o dia 2 de dezembro de 2007, de segunda a sexta-feira, das 14 às 21 horas; aos sábados e domingos, das 17 às 20 horas. Local: Centro de Artes UFF - Rua Miguel de Frias, nº 9 - Icaraí / Niterói.

Parabéns aos alunos envolvidos e ao prof. Miguel Freire!!!

Prêmio Intelectual do Ano 2007-2008 do Grupo Mônaco de Cultura


O prof. Aníbal Bragança, do Departamento de Estudos Culturais e Mídia, da UFF, foi escolhido o Intelectual do Ano, 2007-2008, pelo Grupo Mônaco de Cultura de Niterói/RJ. O prêmio vem sendo concedido desde 1987, estando agora em sua 21ª edição.

A cerimônia de entrega do título será realizada no dia 1º de dezembro de 2007, sábado, às 10h, no Teatro da Universidade Federal Fluminense/UFF (rua Miguel de Frias, 9 - prédio da Reitoria da UFF - Icaraí/Niterói).
A abertura da solenidade contará com a participação especial do violonista Francisco Frias.



Parabéns, prof. Aníbal!!!

Sites de redes sociais provocam mudanças na publicidade

Outra do portal Terra, dessa vez sobre redes sociais e mercado publicitário na internet.

Holanda bloqueia Wikipédia a funcionários públicos


Notícia importante, também publicada no Terra, sobre direito à expressão e regulamentação pública. Confira aqui.

Estudantes do MIT desenvolvem 'bicicleta-laptop'

Veja aqui a notícia publicada no Portal Terra.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Programa Salto para o Futuro - TVE

Nesta semana, de 19 a 23 de novembro, a TVE irá apresentar, em seu programa Salto para o Futuro (ao vivo, de 19 às 20h), uma série sobre TV Digital, chamada "Mídias e educação: as possibilidades e os desafios da tv digital". Nela, será abordada a questão da TV Digital, suas especificações técnicas, possibilidades de convergência de mídias, possíveis caminhos e desafios para a educação etc. O programa falará também sobre a nova TV Pública e as perspectivas para os canais educativos com a chegada da tv digital.

“Salto para o Futuro” é um programa de Educação a Distância realizado pela TV Escola (canal educativo da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação e produzido pela REDE BRASIL - TVE), que tem como proposta a formação continuada e o aperfeiçoamento de docentes. O programa é composto pela apresentação de dois vídeos além de uma mesa de debates formada por três especialistas e a apresentadora. Ele é realizado em séries de cinco programas, cada um com um tema específico.

Nesta quarta, dia 21/11, um dos convidados é o professor Afonso de Albuquerque, coordenador do curso de Estudos de Mídia da UFF, e o tema principal será a TV Pública.

Na quinta, dia 22/11, uma das convidadas é a professora Ana Lucia Enne, coordenadora do Projeto do Portal de Estudos de Mídia da UFF, e o tema principal será TV Digital e educação.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

TV Digital

Questão polêmica e fundamental para nosso curso. Portanto, listo abaixo uma série de links que ajudam a esclarecer acerca do tema TV Digital. Aconselho a todos a leitura dos mesmos:

1) "Conversor para TV digital a R$ 750 é caro, afirma Lula" - matéria da FolhaNews de 16/11/2007

2) No site do Observatório da Imprensa, vc pode assistir ao compacto do debate sobre TV Digital, realizado em 23/10/2007 - veja aqui

3) "TV Digital vai ser a batalha da década" - matéria publicada no G1, em 13/11/2007. Neste link, você encontra uma série de links adjacentes para matérias sobre TV Digital publicadas no Portal.

4) Decretos Presidenciais de 2003 e 2006, instituindo a TV Digital no Brasil - no site do Ministério das Comunicações, vc encontra os links para os decretos na íntegra, bem como outros documentos.

5) Documento produzido pelo Cpqd sobre TV Digital - veja aqui

6) Documento de julho de 2003, com proposta para a TV Digital produzido pelo Fórum de Políticas Públicas da USP

7) No site Cultura e Mercado, vc encontra uma série de links para a questão da TV Digital, com textos e documentos que historicizam o processo em 2006

8) TV Digital e educação é o tema da matéria publicada pelo Universia Brasilem 03/01/2005

9) Conheça o Laboratório de TV Interativa da USP (LABITV)

10) Neste link, você encontra um excelente trabalho, em versão em PDF, desenvolvido por alunos do Instituto de Computação da UFF, sobre TV Digital.

11) No link da Wikipedia sobre TV Digital no Brasil você encontra, além de informações básicas, uma série de links interessantes que comentam criticamente as decisões do governo brasileiro.

12) Artigo de Ivan Valente em 12/11/2007, publicado no Correio da Cidadania.

13) No site do Observatório do direito à Comunicação, é possível encontrar um rol completo de links sobre o tema - vale a pena conferir.

14) "TV Digital vai estrear para ninguém" - veja o artigo publicado no Núcleo Piratininga de Comunicação, no qual vc também encontra outros artigos interessantes sobre o tema. Recomendamos, especialmente, o artigo "TV e Rádio Digital: decisão do governo compromete futuro da comunicação eletrônica" (os artigos estão disponíveis no link Mídia).

Bem, estamos apresentando a possibilidade de você formar, com um leque amplo de leituras, uma visão panorâmica e diversificada sobre TV Digital. Em breve, organizaremos um debate sobre o tema, através do Portal e de seus novos parceiros. Enquanto isso, aproveite para se informar sobre a temática e ampliar sua participação nos debates.

Internet: um bilhão online, mas mundo questiona como incluir cinco bilhões restantes



Interessante matéria sobre exclusão e inclusão digitais de Agnes Dantas, do Globo Online, repassada por Flávia Risi: veja aqui.

sábado, 17 de novembro de 2007

Documento em defesa da democratização da Mídia

FÓRUM INTERNACIONAL: MÍDIA, PODER E DEMOCRACIA

DOCUMENTO


Estudiosos, professores, estudantes, profissionais, políticos e militantes da sociedade civil reunidos em Salvador nos dias 12, 13 e 14 de novembro de 2007 no Fórum Internacional: Mídia, Poder e Democracia resolvem manifestar publicamente as seguintes posições:

1.. O sistema de comunicações vigente no país é altamente concentrador, monopolizado, oligárquico e antidemocrático;
2.. O tema da democratização das comunicações no mundo e no Brasil contemporâneos apresenta-se como fundamental. A democratização das mídias é indispensável para que a democracia se amplie e se aprofunde em uma sociedade cada vez mais estruturada e ambientada pelas comunicações;
3.. A realização da Conferência Nacional de Comunicações, ampla, representativa e democrática é uma exigência dos processos de democratização e de mudança em curso na sociedade brasileira. A Conferência é uma reivindicação histórica de amplos setores da sociedade brasileira para redefinir democraticamente os marcos das comunicações no país;
4.. O país necessita com urgência um novo ordenamento jurídico expresso em uma lei geral das comunicações, contemporânea e democrática, que, entre outros itens, estabeleça novos critérios para as concessões de rádios e televisões;
5.. É vital a construção e implantação do novo Sistema Público de Comunicação, que inclua televisão, rádio, Internet e outros meios, e que se paute pela ampla participação da sociedade; por uma rica diversidade de conteúdos e formatos e por modos de gestão cada vez mais democráticos e participativos;
6.. A implantação de uma Rede Pública de Televisão é um momento fundamental da democratização das comunicações no Brasil. Ele deve privilegiar a democracia e a diversidade cultural;
7.. Os critérios de utilização dos canais criados pela televisão digital devem ser revistos abrindo espaço para novas concessionárias, privilegiando-se entre eles: organizações da sociedade civil e instituições públicas, como as universidades;
8.. O tratamento das rádios e televisões comunitárias deve ser imediatamente modificado, assegurando sua regularização e funcionamento, visando ampliar a pluralidade de visões e opiniões na atualidade brasileira;
9.. Especial atenção deve ser dada à ampliação das redes informáticas; à ampliação do acesso à Internet e à utilização criativa e democrática das novas tecnologias;
10.. A criação de Observatórios de Mídia e sua articulação em redes devem ser estimuladas, objetivando acompanhar e fiscalizar democraticamente as atividades da mídia no país;
11.. O estado brasileiro deve ter também como critério de alocação de recursos de sua publicidade o estímulo e a manutenção da diversidade cultural, apoiando com políticas públicas a existência de um largo complexo de mídias alternativas:
12.. Governo e Sociedade devem colocar o tema das políticas públicas e democráticas para as comunicações no Brasil como prioritário na agenda pública.
13.. Preocupação especial deve ser dada à formação de cidadãos capazes de desenvolver uma relação crítica e criativa com as mídias.

Fonte: repassado para a lista da Compós por Albino Rubim

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Semana Acadêmica na UFF

Do dia 26 ao dia 30 de novembro acontecerá, na UFF, a Semana Acadêmica, com apresentação dos trabalhos de monitores e bolsistas de Iniciação Científica, bem como uma série de eventos (palestras, debates, exibição de filmes, exposições etc.). Vale a pena dar uma conferida.

A programação completa pode ser vista aqui (aliás, o site ficou bem bacana!)

Uma dica especial de Aline Carvalho (bolsista de IC da prof. Ana Enne):
Mesa redonda: "Proximidade Física e Distância Social - Preconceitos, Estereótipos - Estigmatizações nos Bairros Cariocas"
Projeção de filme e debate - 28 de novembro (QUARTA)
Horário: 14h às 16h
Local: Campus do Gragoatá - Bloco O - Sala 516

E a programação da apresentação dos monitores de Estudos de Mídia é a seguinte (conforme repassado pelo coordenador de Monitoria do GEC, prof. Marildo Nercolini):

SEMANA DE MONITORIA – UFF
DEPARTAMENTO DE ESTUDOS CULTURAIS E MÍDIA (GEC).
APRESENTAÇÕES DOS TRABALHOS: DIA 26/11/2007 – SALA C109 - das 14h às 18h.

PRIMEIRA SESSÃO:
Banca Julgadora: Prof. Ana Lúcia Enne (GEC)
Prof. Aníbal Bragança (GEC)
Prof. Márcia Bossy (GCI)
Suplente: Prof. Miguel Freire (GEC)

1. 14h00min - GEC1757 - ANA CAROLINA BULL: "Pesquisa Acadêmica na Web"- Orientador: ANTONIO JUNIOR

2. 14h30min - GEC1438 - BRUNO FERNANDO CASTRO: "Um herói de dois séculos": Trabalhos da memória e as permanências do artesanal no século de modernização da imprensa. - Orientadora: MARIALVA BARBOSA

3. 15h00min - GEC1367 - FLÁVIA NEVES: "Edgar Brasil : O fotógrafo de Limite" - Orientador: MIGUEL FREIRE.

4. 15h30min - GEC1329 - GUEKO HIRLEY: "Culturama UFF" e hiperlinkagem cultural: Uma articulação entre novas tecnologias e ensino. - Orientador: MARILDO NERCOLINI.


SEGUNDA SESSÃO
Banca Julgadora: Prof. Antônio Júnior (GEC)
Prof. Marildo Nercolini (GEC)
Prof. Márcia Bossy (GCI)
Suplente: Prof. Marialva Barbosa (GEC)

1. 16h00min - GEC1426 - JOSÉ MARIA FILHO: "Iniciação aos Estudos e Docência em Cultura Impressa no Brasil – Breve relato"- Orientador: ANIBA BRAGANCA.

2. 16h30min - GEC1432 - INÊS NIN: "Projeto Portal de Estudos de Mídia I - Arte, Cultura e Novas Tecnologias".- Orientadora: ANA ENNE

3. 17h00min - GEC1434 - DIOGO MENESES: "Projeto Portal de Estudos de Mídia II - Mídia e Cidadania: a Internet como espaço de intervenção social"- Orientadora: ANA ENNE

Vamos prestigiar!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

questões de direitos autorais

A Universidade Federal do Espírito Santo, UFES, foi condenada a pagar indenização ao Consórsio Europa (detentor de direitos sobre exibição de filmes) por ter exibido publicamente, através de um projeto de extensão chamado "Cine Falcatrua", filmes baixados pela Internet em cópias não autorizadas.

A sentença foi da juíza substituta da 6ª Vara Federal Cível, Renata Coelho Padilha Gera. "O caso é relevante também por ter sido o primeiro no Brasil a envolver a questão dos downloads ilegais de conteúdos audiovisuais pela Internet, explica o advogado Marcos Bitelli, autor da ação", conforme detalha a notícia.

Trata-se de notícia importante, que envolve o direito de exibição em caráter público, na universidade, de produtos culturais protegidos por lei.

Fonte: Tela Viva News - 14/11/2007

Acho que precisamos debater esse ponto com urgência. Equipe de Gestão, vamos preparar uma discussão boa sobre direitos e plágio, ok?

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Globo, Record e SBT se unem contra TV pública, diz Daniel Castro


Matéria enviada por Flávia Risi, veja aqui.

Com novos formatos, gravadoras entram na era da música digital


Matéria repassada por Flávia Risi, leia aqui.

TV UERJ é premiada com menção honrosa

Na noite do dia 6 de novembro, a TV UERJ Online recebeu um prêmio pelo trabalho desenvolvido no ano de 2006. Concorrendo pela categoria IPTV (transmissão de TV via web), o programa desenvolvido na Faculdade de Comunicação Social ficou entre os três finalistas do prêmio, superando grandes empresas como a Globo.com. A vencedora foi a ALL TV, que levou o título pelo segundo ano consecutivo. Apesar de não ter vencido, a TV UERJ recebeu um troféu, em forma de menção honrosa, pelo trabalho desenvolvido.

"A TV UERJ foi premiada pelo sucesso de um trabalho feito sem recursos e realizado quase que exclusivamente pelos alunos", afirma Ricardo Almeida, um dos organizadores do evento.


Para a equipe que esteve à frente do projeto durante o ano premiado, o troféu foi um reconhecimento pelo trabalho desenvolvido. Para Thiago Fernandes, editor-chefe do Telejornal UERJ Online em 2006, a TV é motivo de orgulho: "Em 2006, tínhamos uma estrutura deficiente, mas arregaçamos as mangas e trabalhamos. A equipe está de parabéns por tudo o que conseguiu durante esse ano", diz. "É gratificante ter o reconhecimento pelo voto popular, ainda mais em uma cerimônia em Brasília. Fica a certeza de um trabalho bem executado", completa Priscila Franco, assessora da TV UERJ em 2006.

O projeto TV UERJ Online funciona no 10º andar da UERJ desde 2001 e foi a primeira TV Universitária Online do país, com a coordenação do professor de telejornalismo Antônio Brasil.

Fonte: UERJ (repassado por Renata Cunha)

vídeo sobre opções de acessibilidade

Drica Carneiro repassou esse interessante vídeo sobre como facilitar o acesso e o uso da Internet para pessoas com necessidades especiais.

Vamos tentar implementá-las no portal! Mais informações sobre o assunto nessa página.

Prêmio IETV

O Instituto de Estudos de Televisão (IETV) está realizando a 1º edição do Prêmio IETV de pesquisa sobre televisão. A iniciativa visa aproximar aqueles que fazem e aqueles que pensam a televisão. A premiação será dirigida a trabalhos finais de cursos de graduação e pós-graduação realizados entre 2006 e 2007.

O tema para esta primeira edição será O desafio da construção de conteúdo original para a televisão digital. O prêmio se divide em três categorias: Tese de Doutorado, R$ 4 mil; Dissertação de Mestrado: R$ 2 mil Monografia de Conclusão de Curso, R$ 1 mil.

A divulgação dos resultados será no dia 7 de dezembro de 2007 através do sítio do instituto. A sede do instituto fica na Rua Barão do Flamengo, 32 - 3º andar, Flamengo / Rio de Janeiro.

Fonte: André Lima (repassado por Rafael Fortes)

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

iPod nano pega fogo em bolso de americano

Por Mylène Neno (publicado originalmente no YAHOO, http://br.tecnologia.yahoo.com/article/071008/7/gjfjys.html)

Depois de saber que o Brasil é o país onde o player da Apple custa mais caro, quem tem a primeira geração do iPod nano ganhou um motivo para se preocupar. O americano Danny Williams, por exemplo, levou um grande susto quando viu seu iPod nano pegar fogo dentro do bolso de sua calça, informou a WSBTV.

Apesar do buraco na calça causado pelo aparelho em chamas durante cerca de 15 segundos, Williams disse que não se feriu porque foi protegido por uma folha de papel brilhante que também guardava no bolso junto com seu nano.

A reportagem lembrou ainda que o iPod usa bateria de íon lítio, mesmo tipo que sofreu recall por causar incêndios em laptops. Desde agosto de 2006, Apple, Dell, Lenovo e Toshiba vêm tendo problemas com baterias de íon lítio produzidas pela Sony que foram usadas em computadores portáteis, acrescentou o site da Information Week. Matsushita e Sanyo também realizaram recalls para aparelhos celulares.

No entanto, a Information Week, frisou que não está claro qual companhia produziu a bateria do iPod nano de Williams, já que o produto não informa qual o fabricante da bateria e nem a Apple quis comentar o assunto.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

TV Pública Digital e Redes Colaborativas

Ivana Bentes, da Escola de Comunicação da UFRJ, texto enviado para o grupo de discussão da Compós - 28/08/2007

Caros, segue uma síntese de algumas questões relevantes que foram discutidas no Seminário da TV Pública Digital em Salvador de 23 a 25/08. Participaram dos 3 dias de intenso debate, com transmissão ao vivo pela internet, produtores independentes, diretores de TV, professores universitários, cineastas, ONG’s, gestores, o ministro das Comunicações da Casa Civil Franklin Martins, o secretário do audiovisual Orlando Senna, representantes das TVs universitárias, comunitárias, radialistas, jornalistas, empresários do audiovisual, enfim um grupo heterogêneo e diverso.

1) Em todas as mesas se defendeu que a TV Pública digital deve se constituir como uma rede horizontal, e uma rede colaborativa aberta, uma "rede de redes", descentralizada. O modelo de gestão foi o mais discutido, pois ainda está se configurando, mesmo que a proposta seja que a TV Pública entre no ar em dezembro. A idéia de uma rede de redes é decisiva, pois mesmo que inicialmente tenha como referência a TV Brasil (fusão da TVE com a Radiobrás) a proposta é criar as bases para uma rede "horizontal" reunindo mais de 200 emissoras de TV dos sistemas público, comunitárias, universitárias, estatais, privadas com fins públicos, enfim tendo como horizonte um pool dessas redes super heterogêneas, com troca de programas e abrindo para a produção independente (quem produz e não tem emissora para exibir). Tal fato é inédito no Brasil. Nunca se pensou uma rede com tal alcance e diversidade.

2) A base tecnológica será feita a princípio a partir da fusão da atual estrutura da TVE com a Radiobrás e mais uma base em SP. É essa a base material, o ponto de partida, a TV Brasil, que será seguida imediatamente pela criação de outros canais públicos, com gestão pública: os canais da cultura, da cidadania, da educação e os canais estatais (TV senado, Câmara, etc.). Ou seja, a rede pública que é uma malha enorme e diversa vai ser articulada nessa "rede de redes". A TV Brasil na nova configuração terá um novo diretor e um conselho (com participantes da sociedade civil), o que já causa especulações e polêmica, questão menor, no meu entender.

3) O melhor do seminário. Muita gente pensando a questão das redes colaborativas, da descentralização, da TV colaborativa, como a garotada que apresentou o site Fiz (tipo You Tube) que agrega conteúdos livres e a aceitação desse modelo das redes colaborativas como o horizonte natural da TV Pública digital brasileira pelos jovens gestores do governo (MinC e SAV).

4) Também a necessidade de uma Internet Pública apareceu fortemente. Essa também foi parte da minha argumentação nos debates, para combater uma Mídia-Estado (que se porta como Estado) não precisamos de um Estado nem TV centralizadora, mas aumentar a produtividade social, ou seja fortalecer as redes existentes e incluir novas redes nos sistemas de Comunicação. Também os grupos que estão fora da TV não querem mais simplesmente ser "representados" na TV (periferias, p.ex.) querem um canal de TV, querem fazer TV, o que já é possível com a TV IP na internet e será na TV aberta, com as multi programações trazidas com o digital.

5) Também recorrente, a análise de que temos uma Mídia-Estado privada que "vende estabilidade política", sua moeda de troca para defender seus interesses. Levantou-se a questão e a importância da rede blogueira hoje na internet, como contra-discurso. Também defendi no seminário o que chamo da produção "doméstico-industrial", em que a produção "amadora" ou "não-profissional" ganha relevância e desmistifica a idéia da exclusividade da produção audiovisual e midiática feita por "profissionais". É só olhar para o You Tube, Wikipedia, redes colaborativas, etc. Falou-se o tempo todo da necessidade da TV Pública digital já entrar com um braço na Internet, convergindo TV e Internet públicas.

6) Defesa dos conteúdos abertos, sem bloqueio para gravar. O Jornal O Globo já saiu com texto na página dos Editorias, de domingo, dizendo que "TV Digital ameaça conteúdo brasileiro", fazendo campanha para impedir que o telespectador grave os programas!!! O que é um atraso em termos de democracia e da livre produção e circulação do conhecimento.

7) Veremos a grande mídia detonar o projeto da TV Pública Digital como fez com a Ancinav e com as políticas públicas que poderiam abrir os sistemas de comunicação para uso comum, público e com horizonte de universalização desses serviços? Afinal, a mídia e os produtores de conteúdo somos nós, no pós-digital e internet. O que está em jogo é um pensamento inédito do Brasil do que é Público. É a possibilidade de tirar do sucateamento as TVs públicas, estatais, comunitárias, universitárias e abrir novos espaços para produção independente, para o cinema brasileiro e para novas linguagens.

8) Aliás, essa é um dos grandes acertos do processo, presente na fala de Orlando Senna. A decisão que 80% da produção da TV Pública Digital será feita de fora (não pelas próprias emissoras). Ou seja, a TV Pública digital vai abrir Editais públicos para novos programas de TV, numa proposta de renovação inédita da programação. Provavelmente não será de imediato. Vai começar operando com um pool de programações regionais, vindo do Brasil todo e abrindo para as novas programações.

9) Inovação, experimentação, sair da "chatice", sair dos dualismos ou é cultural ou comercial, ou é chata sem audiência ou de entretenimento, ou é política ou lúdica, essa também foi uma das questões mais discutidas. Novas mídias, games, interatividade, novas linguagens, estiveram entre as diferentes falas e alguns projetos já existentes nessa linha foram levados para debate. A questão de formar e construir audiências, ao invés de "vender audiência" como faz o sistema de TV privada que naturaliza a audiência, como se fosse um 'bolo' natural e imutável, foi também tema do pessoal que trabalha com estudos de recepção.

Enfim, um panorama animador, apesar das grandes dificuldades de se operacionalizar tudo isso. Se mais alguém da lista esteve no Seminário, outras impressões são bem vindas.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Entrevista com o cineasta Sílvio Tendler

'O filme é quase um panfleto'

O cineasta Sílvio Tendler voltou suas lentes para o futuro e esmiúça, pelo olhar do geógrafo Milton Santos, o processo de construção da humanidade. "Encontro com Milton Santos ou a globalização vista do lado de cá" traz o último depoimento de Santos, que morreu em 2001.


Após contar as vidas de JK, Jango, Castro Alves e Glauber Rocha, por que um filme sobre um acadêmico?

SÍLVIO TENDLER: Queria um outro ponto de vista, alternativo, sobre a globalização. Desde os anos 90, acompanho a questão, e percebi que havia mais ruído do que informação. Fui então ouvir o professor Milton Santos, que era um arauto contra essa globalização que está aí.

Em que sentido ele é contra a globalização?

TENDLER: Ele não é contra a globalização. Ele não é a favor de um processo retrógrado. É a favor de um avanço, mas é crítico do processo que está aí. Esse tipo de globalização. Segundo ele, nunca houve tantas condições tecnológicas para a humanidade se desenvolver, mas as condições foram expropriadas por um grupo de empresas. Então, eu fui buscar exemplos.

A que você atribui o sucesso do filme?

TENDLER: Funcionou porque é crítico. Um filme que, não tenho vergonha de dizer, é quase um panfleto sobre a globalização, que ele chama de globalitarismo: globalização com autoritarismo.

Como o tema é abordado?

TENDLER: Estou feliz de ter feito esse filme, porque a gente discute as questões fundamentais não para o passado, mas para o futuro. Por exemplo, a questão da água, que será o problema dos próximos 20 anos. Há dois processos de globalização: um deles é a água sendo explorada como um bem comum à humanidade; e o outro é a água como valor de mercado, explorada na bolsa de valores no futuro, como o petróleo.

Como é o filme?

TENDLER: O Milton Santos aborda essas questões, e eu dialogo com ele no filme, colocando exemplos. Ele fala dos movimentos sociais, diz que quem vai poder transformar a humanidade são os de baixo. E levanta questões polêmicas, mas necessárias. Ele não cria facilidades, cria dificuldades. E, complementando, entrevistei outros intelectuais. Tem o (José) Saramago, o Eduardo Galeano, o Aílton Krenak (líder indígena) e cineastas alternativos. Há uma diversidade cultural rica, e acho que o filme vai levantar uma poeira necessária.

Quais as dificuldades e expectativas sobre o filme?

TENDLER: Não gosto de falar sobre as dificuldades, porque acho que elas fazem parte de qualquer processo criativo. Prefiro falar do desejo de que esse filme comunique. Estou promovendo a distribuição porque hoje é muito complicado montar uma distribuição alternativa, independente. Eu toco num tema que é candente. Não é um filme balizado pela indústria do entretenimento, é um filme para discussão de idéias.

Como você vê o professor Milton Santos?

TENDLER: Ele tem um pensamento particular. Na abertura do filme, diz: “Não estou preso a nenhum grupo político, não pertenço a nenhum partido, sequer a um grupo de intelectuais. Não tenho nenhuma doutrina, nenhuma fé, nenhuma religião. Sou um homem independente. Um outsider.” Eu acho isso fundamental.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Vigilância gera caos em e-mails na china

Usuários de internet e funcionários de empresas instaladas na China culparam a vigilância do governo chinês por uma série de problemas em e-mails.

Internacional - Jornal O Globo - 18/07/2007

Os usuários de internet e funcionários de empresas instaladas na China atribuíram ontem a culpa por uma série de perturbações no tráfego internacional de e-mails a ajustes no vasto sistema de vigilância sobre a internet operado pelo país. Executivos de empresas de tecnologia da informação deram explicações variadas para as dificuldades no e-mail, mas concordaram que não resultavam de problemas técnicos comuns.

A China está em meio a uma campanha para reprimir o "conteúdo insalubre" de sua internet, que cresce rapidamente. A disseminação veloz de informações sobre incidentes de corrupção governamental e inquietação em áreas rurais alarmou os líderes do país, obcecados com a estabilidade e acostumados a manter controle sobre a mídia.

— Tivemos centenas de queixas de clientes nos dois últimos dias — disse Richard Ford, diretor técnico do provedor Candis Group.

Ford informou que os clientes reclamaram de e-mails devolvidos com mensagens de erro que só poderiam ter sido inseridas por uma "terceira parte", posicionada entre os servidores locais e os estrangeiros.

— Depois de investigar, estamos certos de que se relaciona à grande firewall da China — disse Ford, em referência ao sistema de filtros para interceptar e bloquear conteúdo sensível, que poderia ser disseminado via internet.

Outras empresas que administram servidores confirmaram queixas de usuários na China e no exterior.

Nos bits do rádio

Transmissões no padrão digital começam este ano no país e prometem revolução no setor

País - Eliane Oliveira e Henrique Gomes Batista
Jornal O Globo - 30/07/2007

A expressão "do tempo do rádio à pilha", usada para indicar coisas antigas e ultrapassadas, terá de ser aposentada. Ainda neste ano, as transmissões radiofônicas digitais devem se transformar em realidade em cidades como Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, revolucionando este meio de comunicação. O governo, segundo o ministro das Comunicações, Hélio Costa, decide esta semana o sistema a ser utilizado para o rádio digital. O novo padrão gastará menos energia e bateria, assim como aconteceu com os telefones celulares, o que deverá levar a um novo ciclo de expansão do rádio de pilha. Porém, com maior qualidade de transmissão e mais opções para o ouvinte.

O decreto presidencial que institui o novo modelo no país deverá ser assinado no início de setembro, mês em que se comemoram os 85 anos da primeira transmissão de rádio no Brasil. A expectativa de governo, indústrias e emissoras é que a transição do atual sistema analógico para o digital seja mais veloz que a popularização da TV digital. Ainda em 2007, o consumidor poderá ouvir uma estação FM com qualidade de CD e escutar uma estação AM com qualidade de FM. Além disso, o ouvinte poderá se beneficiar da multiprogramação, uma vez que cada emissora terá quatro canais à disposição.

Aparelho exibe mensagens de texto

As revoluções causadas pela mudança não param aí. O visor dos aparelhos serão verdadeiros letreiros digitais, que poderão transmitir notícias, previsões do tempo e outras informações complementares. O consumidor brasileiro — assim como já ocorre nos EUA e na Europa — poderá contar também com a rádio por assinatura, por meio de freqüências fechadas de ondas curtas (OC). O sistema OC de rádio digital é capaz de mandar um sinal perfeito a mais de 3 mil quilômetros de distância.

— Uma emissora sediada em Brasília cobriria a América do Sul inteira. Dá para fazer transmissões em freqüências fechadas. Essas freqüências, hoje praticamente abandonadas, deverão ser reutilizadas ainda para transmissão de dados e também como rede de distribuição de programas oficiais do governo e de projetos educacionais — explicou o ministro Costa.

As transmissões em caráter experimental por 17 emissoras já ocorrem há dois anos nas cidades de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. Outras 50 emissoras aguardam apenas a autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para dar largada na tecnologia.

A tendência é que o comitê encarregado de estabelecer o padrão a ser usado e o modelo do negócio escolha um sistema híbrido: o americano (Iboc), preferido dos radiodifusores, para FM e AM e o europeu (DRM) para ondas curtas. Formado por representantes do governo, das emissoras e da sociedade civil, o comitê se reúne nesta quarta-feira. Na sexta, o ministro das Comunicações encaminhará ao Palácio do Planalto o relatório final.

— Resolvemos o problema da banda de transmissão. Hoje, se você quiser colocar uma rádio analógica no centro de São Paulo, não há espaço — diz Costa.

Ele acrescentou que os ouvintes serão beneficiados com a entrada de novos players, aumentando a concorrência e democratizando o rádio no país. Rio e São Paulo, que estão com os dials congestionados, estão entre os maiores beneficiados. A meta do governo é que, em dez anos, cada um dos 5,6 mil municípios brasileiros tenha ao menos uma emissora de rádio.

O ministro revelou que o Brasil conseguiu dos americanos a garantia de que não haverá pagamento de royalties pelos radiodifusores brasileiros, a não ser pelo aparelho, a um valor estimado em US$1. Esse custo, segundo ele, deverá ser absorvido pelas indústrias.

A passagem do rádio analógico para o digital ocorrerá naturalmente, como aconteceu no passado quando os aparelhos com rádio AM e ondas curtas começaram a ser comprados também com FM. O governo quer estimular as montadoras, inclusive, a vender rádio digital nos veículos a partir de 2008. Será possível também comprar um conversor que, instalado no aparelho, fará a mudança de padrão. Durante dez anos, entretanto, haverá um período de transição. A emissora transmitirá, ao mesmo tempo, por via analógica e digital.


Nova tecnologia deve estimular expansão da indústria e do mercado publicitário e movimentar mais de R$100 bilhões em dez anos

O surgimento da rádio digital poderá trazer benefícios a uma indústria que deixou de existir após o avanço das importações de aparelhos chineses, japoneses e coreanos. Hoje não existem fábricas de rádio no país. A previsão do governo federal e do setor privado é que, em dez anos, o novo sistema movimente mais de R$100 bilhões, valor equivalente à metade esperada para a TV digital. A conta abrange tanto a transmissão em si quanto o comércio de aparelhos.

Num primeiro momento, os preços dos aparelhos receptores serão elevados em comparação aos analógicos — que podem ser comprados por até R$10 em feiras livres. A estimativa é que, no início, o valor fique em torno de R$300, mas a tendência é o preço cair ao longo dos anos.

— Se forem fabricados no país, os rádios digitais terão os mesmos preços dos aparelhos analógicos — disse Tamio Harada, diretor administrativo da Kenwood, uma das maiores fabricantes de rádio automotivo do mundo.

Kenwood poderá fabricar receptores no país

A Kenwood, aliás, já está fazendo testes de rádio digital em São Paulo. Harada afirmou que a empresa ainda está decidindo se fabricará ou não no Brasil os receptores digitais.

— Isso depende da velocidade da migração das emissoras para o novo sistema. A diferença de qualidade vai forçar essa mudança e pode valer os investimentos para uma fábrica — afirmou o diretor.

Para Benjamin Sicsú, diretor da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), será necessária a implementação de uma política pública para impulsionar a indústria nacional:

— O crescimento de uma indústria ou a vinda de fabricantes para o Brasil não depende apenas de tecnologia, mas de incentivos.

Quanto a isso, não haverá problema, assegurou o ministro das Comunicações, Hélio Costa. Assim como foi feito com a TV digital, o governo adotará medidas para estimular a instalação de indústrias no Brasil, com linhas de financiamento do BNDES e incentivos fiscais.

— O governo está pronto para ajudar empresas que queiram se estabelecer para produzir rádio digital em qualquer lugar — afirmou o ministro.

As emissoras estão ansiosas pelas mudanças. Elas acreditam que o padrão digital será o renascimento da AM (ou OM, Ondas Médias, em português). As empresas acreditam que o mercado publicitário poderá ser multiplicado por três em poucos anos. Hoje, cabe ao rádio uma fatia de apenas 4% do bolo publicitário, estimado em R$11 bilhões por ano.

O presidente da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slavieiro, acredita que a migração para sistema digital se dará de forma bastante rápida:

— O setor defende a urgência na definição do padrão. Não por vaidade, mas por necessidade. Os nossos novos concorrentes, os MP3 e os Ipods, já são digitais.


Nos EUA, 1.200 emissoras e 14 milhões de ouvintes

Internacional - Marília Martins
Jornal O Globo - 30/07/2007

Astros, como Bob Dylan, têm programas em rádio digital. Carros saem de fábrica com o aparelho

Há hoje cerca de 1.200 estações de rádio digital que transmitem regularmente programação pela internet nos EUA. Ainda é muito pouco, se comparado com as mais de dez mil estações de programação analógica espalhadas pelo país. O setor, porém, cresce numa velocidade tão surpreendente que começa a causar forte impacto na rede tradicional, com número de intervalos comerciais por hora de programação em queda. Muitas empresas de comunicação estão replicando na Internet modelos de programas transmitidos pela rede AM/FM. Mas a indústria começa a aderir à onda digital. Desde 2005, as mais famosas marcas de automóveis nos EUA oferecem receptores de rádio digital em seus modelos. Em 2007, a BMW foi a primeira a lançar carros com rádio digital de alta definição (HD), instalado de fábrica. E a Wal-Mart anunciou que vai vender, a partir do segundo semestre, aparelhos de rádio com recepção de transmissão digital de alta definição em suas lojas a preços populares.

Em 2006, um estudo da consultoria Arbitron mostrou aumento de 50% no número de ouvintes de rádio digital em relação ao ano anterior. Cerca de 14 milhões de americanos pagam para ter acesso à programação, oferecida por duas grandes redes, a Sirius e a XM (que cobram cerca de US$12 por mês). É pouco se comparado aos 230 milhões de americanos que ouvem freqüentemente estações de rádios tradicionais, num dos mercados mais abrangentes e disputados do setor de comunicações. Mas os analistas estimam que o crescimento do rádio digital ainda vai acelerar-se, no rastro da popularização do acesso à Internet via banda larga ou por rede sem fio.

As redes por assinatura oferecem programas exclusivos de noticiário, esportes, música, entrevistas, religião, e transmitem em inglês, espanhol, francês e coreano. Também investem fortemente em atrações de grande audiência. Bob Dylan, por exemplo, tem um show de música, com muitos convidados, na XM Satellite Radio. A apresentadora Martha Stewart tem um programa de grande audiência numa das estações da rede Sirius.

Lançada em 2002, a Sirius tem hoje 69 canais (streams) de música e 65 de esportes, notícias e entretenimento. Um dos mais controvertidos apresentadores de rádio de Nova York, Howard Stern, causou furor em janeiro de 2006 ao trocar seu programa tradicional por uma estação de rádio exclusiva da rede. Em fevereiro deste ano, a Sirius e a XM anunciaram um acordo para fazer a fusão das duas empresas, mas o negócio está sendo examinado pelo governo americano.

Brasil é o terceiro país em crimes cibernéticos

Brasileiros já respondem por 14,2% dos ataques na internet, ficando atrás apenas de americanos e chineses

País – José Meirelles Passos
Jornal O Globo - 17/07/2007

Houve um considerável aumento de ataques via internet em 2006. Em suas artimanhas ao longo do ano passado, criminosos cibernéticos utilizaram nada menos do que 207.684 programas maliciosos de computador - conhecidos no jargão da internet como malware -, sendo que 41.536 deles eram novos. E o Brasil foi uma das principais fontes dessas armas: nada menos do que 14,2% do software usado de forma nociva na rede mundial de computadores foram criados e produzidos por brasileiros.

Com isso, o Brasil se tornou o terceiro maior disseminador de malware do mundo. Fica atrás apenas dos Estados Unidos (35%) e da China (30%). Logo abaixo do Brasil, no ranking que acaba de ser produzido pela Sophos - uma empresa de segurança de informática com sede em Massachusetts - está a Rússia, com um índice bem menor: 4,1%.

Apesar disso, piratas cibernéticos brasileiros e russos têm algo em comum: a maioria dos programas maliciosos produzidos por eles tem como objetivo o roubo de identidades e senhas de pessoas e empresas que realizam transações bancárias online. Essas informações são vendidas a terceiros, que aplicam golpes na praça - geralmente zerando o saldo de suas vítimas, através de transferências bancárias eletrônicas fraudulentas.

País gera 3% do lixo eletrônico mundial

O movimento do dinheiro é feito de forma legal, mas utilizando meios ilegais: o roubo da identidade.

- A maioria dos códigos maliciosos produzidos no Brasil tem a forma de trojans, criados para roubar senhas bancárias através da inserção de campos de senhas falsos, nos sites de bancos - disse Ron O"Brien, analista senior da Sophos.

Trojans são programas que parecem úteis, mas contêm um código daninho, que captura senhas e, geralmente, é destinado a roubar informações pessoais e comerciais. As vítimas escrevem o número de sua conta e sua senha nos espaços falsos criados pelos trojans e perdem o controle de sua conta:

- Essa tática deriva, em parte, do número relativamente pequeno de bancos no Brasil. Isso torna mais fácil, com maior probabilidade, supor, adivinhar, o tipo de conta que possui uma vítima potencial - completou O"Brien.

Além de ser o terceiro no mundo em volume de produção de programas nefastos de computador, o Brasil ocupa o sétimo lugar como fonte de transmissão de spam (lixo eletrônico), gerando o equivalente a 3% do material espalhado através da internet em todo o planeta.

Segundo o estudo da Sophos, os piratas cibernéticos estão se tornando a cada dia mais sofisticados, dificultando com mais eficácia o mapeamento das impressões digitais dos criminosos do setor. Agora é mais fácil confundir as vítimas com eles - pois os piratas se apoderam dos computadores delas, sem que as mesmas percebam, e, através das máquinas, transmitem programas maliciosos para uma imensa rede.

"O motivo é que a arma utilizada pelos fraudadores é um malware infeccioso, capaz de transformar um website inofensivo numa ferramenta para o roubo de dados ou para recrutar um PC (computador pessoal) vulnerável num exército criminoso de máquinas zumbis (computadores contaminados) que emitem spam.

Tentar seguir spam ou malware até a sua fonte freqüentemente acaba revelando apenas uma outra camada de websites e computadores contaminados espalhados através do mundo", conclui a Sophos.

Sistema que contamina servidores se utiliza de chats

O sistema mais utilizado atualmente é o dos chamados botnets, uma coleção de software robôs que se executam de maneira autônoma. Trata-se, normalmente, de um vírus que corre num servidor infeccionado e com a capacidade de contaminar outros servidores. Quem constrói um desses robôs é capaz de controlar todos os computadores contaminados por controle remoto - e isso se dá, em geral, através dos chats.

Mais de 20 países restringem uso da Internet

Internacional - Jornal O Globo - 28/07/2007

Restrições estatais ao uso da internet estão agora em vigor em mais de 20 países, os quais empregam regras contraditórias e medidas indiscriminadas para impedir o acesso à rede e sufocar a oposição política, de acordo com um novo relatório. Em "Governing the internet" ("Governando a internet"), a Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) apresentou estudos sobre a censura à internet no Cazaquistão e na Geórgia, e apontou para conclusões semelhantes com respeito a países como China, Irã, Sudão e Bielo-Rússia.

"Medidas recentes contra a liberdade de expressão na internet, tomadas por diversos países, servem como um amargo lembrete da facilidade com que alguns regimes, tanto democracias quanto ditaduras, buscam suprimir as formas de expressão que eles desaprovam ou simplesmente temem", diz o relatório da OSCE, que congrega 56 nações. "A expressão pessoal nunca foi mais fácil do que na web. Mas, ao mesmo tempo, estamos acompanhando a difusão da censura na rede", destaca o estudo de 212 páginas.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Campanha online ameaça Starbucks na Cidade Proibida da China

Internacional - Reuters - 24/07/2007

Uma loja da Starbucks poderá ser fechada na Cidade Proibida de Pequim devido a crescentes reclamações de que a presença de uma cafeteria norte-americana no antigo palácio imperial seria um insulto para a cultura chinesa.

Uma campanha na Internet iniciada por um apresentador de TV pela retirada da Starbucks Corp. da Cidade Proibida ganhou apoio de mais de meio milhão de internautas, segundo a edição desta quinta-feira do jornal oficial China Daily.

Rui Chenggang, âncora do canal de televisão estatal CCTV9, escreveu no seu blog que a presença da Starbucks na Cidade Proibida "não é globalizar, mas sim atropelar a cultura chinesa", disse o jornal.

"O museu está trabalhando com a Starbucks para encontrar uma solução em resposta aos protestos", afirmou o porta-voz do museu, Feng Naien, de acordo com a agência de notícias Xinhua.


Feng disse que uma reforma no local prevê uma "reavaliação" das lojas da Cidade Proibida e que um terço delas já foi retirado.

A Cidade Proibida, conhecida formalmente como Museu do Palácio, cobre 74 hectares e tem 9.999 aposentos. O local foi listado como Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1987.

O vice-presidente da rede Starbucks na China, Eden Woon, disse que a empresa não pretende deixar o local, segundo o jornal Beijing News.

"A Starbucks admira a profunda história e cultura da Cidade Proibida e vem operando de maneira respeitosa, adequada ao ambiente", declarou ele à Reuters.

"Fornecemos um local de descanso para milhares de turistas, tanto chineses quanto estrangeiros, há mais de seis anos."

Protestos públicos em 2002 provocaram o fechamento de um restaurante Kentucky Fried Chicken no Parque Beihai, antigo jardim real ao lado da Cidade Proibida.

Herói polêmico, filme controvertido

Internacional - Graça Magalhães-Ruether
Jornal O Globo - 22/07/2007


Mais de seis décadas após o fim da Segunda Guerra, a Alemanha descobre seus poucos heróis da resistência contra Hitler. O principal deles é o conde Claus Schenk von Stauffenberg, militar que liderou o atentado fracassado contra o ditador no dia 20 de julho de 1944. O alemão — que apoiou os nazistas no início, mas mudou de idéia ao ver que a Alemanha estava afundando num abismo — foi descoberto também por Hollywood. Na última quinta-feira, começou a ser rodado em Berlim e Potsdam um filme sobre Stauffenberg: "Valkyrie", com Tom Cruise no papel principal.

A escolha de Cruise, que é uma espécie de embaixador da igreja da cientologia, causou muitos protestos na Alemanha. Berthold Schenk von Stauffenberg, filho mais velho do conde, que é general da reserva e tem 72 anos, tentou impedir o filme.

— Nós alemães não sabemos lidar com a nossa história — disse.

Thomas Krause, tenente-coronel da reserva e curador da exposição "Cem anos Stauffenberg", advertiu para o perigo de Cruise transformar o filme numa "ação de relações públicas" para a cientologia.

Um neto de Stauffenberg, Philipp von Sculthess, que é ator, interpreta o ajudante de Henning von Tresckow (Kenneth Branagh), um participante da conspiração dos militares contra Hitler, interpretado, por sua vez, pelo ator britânico David Bamber.

Na sexta-feira, o ex-chanceler alemão Helmut Kohl presidiu o juramento de 450 jovens militares, num ritual que vem sendo realizado desde 1999. A cerimônia teve lugar no centro de Berlim, no local que abrigava o comando do Exército, onde Stauffenberg foi executado, com três outros conspiradores, no mesmo dia do atentado fracassado contra Hitler. A escolha do local mostra como a imagem de Stauffenberg é hoje um símbolo nacional.

No pós-guerra, porém, ele passou a ser visto como figura complexa e controvertida, como aponta o historiador Ekkerhard Klausa, da Universidade de Berlim. Segundo Klausa, ainda em 1939, início da Segunda Guerra, Stauffenberg escreveu da Polônia sobre a "plebe de judeus e mestiços", um povo que "só se sente bem debaixo do chicote".

Mas ao voltar da África, onde perdeu um olho e alguns dedos da mão, o coronel aderiu ao grupo de conspiração que planejava matar Hitler e também uma rebelião contra as SS (tropas nazistas de elite) e a Gestapo. No dia do atentado, Stauffenberg depositou num bunker em que Hitler se reuniria com assessores na antiga Prússia Oriental (atual Polônia) uma maleta com uma bomba-relógio. A bomba explodiu apenas em parte, matando cinco das 24 pessoas presentes. Hitler ficou levemente ferido.

No mesmo dia, quatro dos líderes da conspiração foram executados em Berlim. Stauffenberg tinha 36 anos. Segundo o historiador Michael Stuermer, Stauffenberg e seus aliados queriam "salvar a Alemanha".

Começa a era dos clipes feitos pelo celular

Cultura - Ivy Farias
Jornal da Tarde - 12/07/2007

Ele começou a carreira como um 'mala', daqueles que não escolhem lugar para fazer escândalo. Gritava em cinema, teatro, hospital, velório. Quando foi promovido a máquina fotográfica, elevou todo ser humano à condição de paparazzo em potencial, e todo famoso à de vítima. O celular, agora, vive um momento mais sublime. É o sonho que faltava às bandas de garotos que até tinham dinheiro para gravar seus CDs, mas jamais conseguiriam produzir seus próprios clipes.

A lógica dos 'celularmen' não requer prática nem tão pouco habilidade. O aparelho pesa infinitamente menos do que uma câmera profissional, faz filmagens em qualquer ângulo e vai no bolso. A qualidade de imagem dos mais baratos, óbvio, não fica lá essas coisas, mas aí que mora outro segredo. Roqueiro que se preze consegue fazer qualquer precariedade jogar a seu favor.

A primeira banda brasileira a entrar na era dos telemóveis é o Detonautas Roque Clube, que acaba de filmar o clipe da canção O Retorno de Saturno com os celulares Nokia 93 e 95, aparelhos nada modestos que permitem uma resolução de um mega, este sim melhor que muita câmera convencional. "O celular é mais fácil porque tem um formato intimista que não precisa de muita verba, equipe ou equipamentos", acredita o diretor do clipe e autor da idéia, Giuliano Chiarardia. "Já tinha feito um curta metragem com celular e queria explorar esta nova tecnologia também em videoclipes. Chamei o Tico (vocalista do grupo) e ele topou", afirma Giuliano, que divide a direção com Rodolfo Nakakubo.

O convite fazia sentido para a primeira banda formada pela internet, em 1997, num chat em que o vocalista Tico Santa Cruz e o baixista Tchello decidiram se unir. "O futuro da música está no celular", conta Tico, que pretende lançar O Retorno de Saturno no site oficial da banda, no YouTube e também veicular no celular dos fãs. "Estamos estudando todas as possibilidades, mas nossa idéia é usar as novas mídias", diz o vocalista dos Detonautas.

Quem faz coro com a banda no Brasil é o ministro da Cultura, Gilberto Gil. Depois de quatro anos sem criar uma nova música, Gil fez Banda Larga Cordel especialmente para a turnê pela África e Europa. Quando apresentou a nova música para os amigos na cozinha de casa, Gil tinha entre os convidados o diretor de cinema Andrucha Waddington, que aproveitou a deixa e usou seu celular para fazer o clipe da canção. E como o título da música sugere, o ministro divulgou o clipe apenas na internet.

A novidade do Brasil também é explorada com cautela lá fora: apenas duas bandas usaram o recurso do celular para fazer seus clipes. Uma delas, a americana President of United States of America, fez o vídeo Some Postman, do álbum Love Everybody com o telefone portátil. E os próprios músicos do grupo XFYA fizeram seu videoclipe Haber Get Down em sua cidade natal, San Diego. "Agora cada banda pode fazer sua música e clipe com um celular com câmera e espalhar o produto globalmente", relatou Chris Hoar, fundador do site Textamerica.com numa entrevista para um jornal local. Hoar afirmou que este vídeo era um incentivo "para pessoas talentosas e criativas olharem de um outro jeito para celulares."

Apesar de fazer parte da vida das pessoas há mais de uma década, só agora o celular é considerado uma nova mídia por produtores e anunciantes. "O celular já é um meio de comunicação que está sendo muito bem aproveitado pelas gravadoras", diz Gian Uccelo, gerente de novas mídias da Warner Music. Uma das estratégias da Warner é a abertura de uma loja de conteúdo próprio para celulares, ainda este mês. A idéia é vender wallpapers, ringtones e, claro, clipes. "Já temos clipes de até 30 segundos. Só não transmitimos mais por limitação de rede", complementa Uccelo.

Até a MTV quer se integrar com esta nova mídia, seja como uma plataforma de transmissão ou produção. "Já temos conteúdo para celular e temos vontade de fazer uma novelinha para os aparelhos", conta o diretor de programação Zico Góes. "Ainda está difícil caminhar,por hora não traz dinheiro. Mas é um negócio do futuro", diz Zico.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Harry Potter pirata no Orkut

Adolescentes traduzem livro no Brasil. Rocco não se preocupa

Christina Fuscaldo e Mànya Millen - Jornal O Globo - 26/07/2007

Num ato de pirataria já esperado, um grupo de adolescentes colocou numa comunidade do Orkut sua própria versão de "Harry Potter and the deathly hallows", de J.K.Rowling, lançado sexta-feira passada em diversos países. Sem paciência para esperar a tradução brasileira da sétima e última aventura da série, "Harry Potter e as relíquias da morte", que só chega às livrarias dia 10 de novembro, pela editora Rocco, mais de 20 pessoas se revezaram na tarefa de verter para o português as mais de 600 páginas do livro. A versão foi colocada na comunidade "Máfia dos livros". A pirataria na internet, porém, não preocupa a editora.

- Em todos os lançamentos da série, acontece isso, na mesma velocidade, portanto não é uma surpresa, e o reflexo para nós é zero. Não há prejuízo algum nas vendas do futuro livro - garante o editor Paulo Rocco. - Encaramos essa atitude como uma ansiedade, uma paixão de alguns adolescentes pela série, mas isso não significa que eles tenham nosso aval, evidentemente. Quem gosta da série, e essas crianças realmente gostam, vai querer o livro em português depois.

A única atitude tomada pela editora, seguindo instruções do próprio agente literário da autora, é avisar sobre o ocorrido para que ele avalie as possíveis providências legais que possam ser tomadas. No dia 10 de novembro, 400 mil exemplares de "Harry Potter e as relíquias da morte" chegarão a cerca de duas mil livrarias brasileiras.

"Aluado", codinome de um dos mediadores da "Máfia dos livros" concorda com a Rocco:
- É só uma forma de permitir que todos os fãs possam saber o que acontece na história e protestar contra a demora do lançamento do livro em português. Eu compro sempre as duas edições. Queremos democratizar a leitura.

A "Máfia dos livros" foi criada por uma menina de 14 anos, do Rio, cujo codinome é "Flor Snape" - todos os membros da comunidade usam nomes de personagens da série. "Aluado" concorda que a versão em português é apenas um quebra-galho para os mais curiosos. Além de muitos erros gramaticais, ela também comete a ousadia de dar nomes brasileiros aos personagens.

Publicitários lançam campanha nacional contra a censura

JB - 18/07/2007

A Associação Brasileira de Propaganda (ABP) lançou ontem, durante a comemoração de seus 70 anos, uma campanha nacional contra a censura. Com o lema Toda Censura é Burra, a ação, criada pela agência Giovanni+Draftfcb, satiriza as restrições legais impostas à publicidade brasileira nos últimos anos.

A campanha inclui três filmes, que mostram personagens anunciando uma bola, uma banana e um lápis. A censura, contudo, impede que as qualidades dos produtos sejam ressaltadas. Além da TV, a ação inclui quatro spots de rádio, mídia exterior, impressa, camisas, adesivos e ações para internet que incluem hotsite, canal exclusivo no YouTube e comunidade no Orkut.

O ex-presidente da ABP, Adilson Xavier, afirma que o veto à liberdade de expressão atinge a sociedade como um todo.
- O pior é que o consumidor passa a ser subestimado, como se fosse incapaz de discernir o que é bom ou não para ele.

Xavier, que transferiu ontem a presidência da ABP ao publicitário Cyd Alvarez, da agência NBS, lembrou que, apesar do momento difícil que o mercado enfrentava na época de sua posse - com os escândalos do Valerioduto - sua gestão foi encerrada com duas valiosas ações: o lançamento do Dicionário Histórico-Biográfico da Propaganda e a recém-lançada campanha contra a censura.

Pesquisa realizada pelo Ibope identificou que os brasileiros acreditam que os anúncios estão perdendo gradativamente a emoção. Para os especialistas do setor, a censura é a principal responsável pela perda de espontaneidade dos anúncios.

Enquanto, em 2002, 77% dos entrevistados identificaram a emoção como um ponto forte da propaganda brasileira, em 2004 o número caiu para 75% e, no levantamento de 2006, 71% dos entrevistados disseram se emocionar com os anúncios.

Veja um dos anúncios:

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Sony lança site para competir com o YouTube

A Sony pôs no ar o site Crackle, de difusão de curtas-metragens feitos por internautas, para gerar conteúdo próprio e concorrer com o YouTube.

A Sony comprou o Grouper, um site de partilha de vídeos, por 65 milhões de dólares (47 milhões de euros) no ano passado e transformou-o agora num site em que os utilizadores competem por oportunidades de distribuição e desenvolvimento.


O objetivo do Crackle é fornecer conteúdos de mais elevada qualidade do que os que constam no YouTube. Os utilizadores são convidados a submeter os seus vídeos, os quais são depois julgados pela audiência e por uma equipa de editores.

Os vencedores das competições trimestrais terão a oportunidade de voar para Los Angeles para passarem ao lançamento teatral do seu filme ou discutirem as suas idéias para filmes ou para programas de televisão com executivos da Sony. Esta empresa vai também oferecer a alguns produtores pagamentos em dinheiro, que irão variar entre poucos milhares de dólares e mais de 10.000 dólares.

O Crackle já tem 1.000 vídeos produzidos profissionalmente e a Sony criou uma unidade, a Crackle Studios, para produzir os seus próprios segmentos para o site.

Site de vídeos

Hoje em dia todo mundo adora ver um vídeo pela internet. E as opções só crescem. O "We Show" veio para facilitar a vida dos internautas. É um guia de entretenimento, que busca nos websites do mundo inteiro (YouTube, Metacafe, GoogleVideo, Dailymotion, etc) os melhores vídeos e os organiza.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Espanha veta revista ofensiva à coroa

Edição representando príncipes em ato sexual é recolhida

Internacional - Jornal O Globo - 21/07/2007

O juiz espanhol Juan del Olmo determinou ontem o recolhimento da revista "El Jueves", por considerar que sua capa contém injúrias à Coroa. A revista fazia uma crítica à decisão do governo espanhol de conceder 2.500 por gravidez a casais espanhóis e caricaturava o príncipe herdeiro, Filipe de Borbón, e sua mulher, Letizia, em pleno ato sexual, sob o título "2.500 por filho?". Na legenda, o príncipe afirma à sua mulher: "E se você ficar grávida? Isso será o mais próximo de trabalhar que chegarei em minha vida."



O juiz, que pertence à Audiência Nacional (a mais alta instância judicial para certos casos de gravidade especial.), determinou que a fiscalização recolhesse a revista das bancas e pontos de venda, inclusive na sede da publicação. A denúncia, apresentada quinta-feira pela Procuradoria, assinalava que o número 1.573 de "El Jueves" fere o artigo 409.3 do Código Penal (ofensa à Coroa), que estabelece pena de até dois anos de prisão, dependendo da gravidade da ofensa, além de multas.

— Em algum momento é necessário pôr um limite — disse uma das fontes da Justiça, acrescentando que não se trata de uma crítica política, mas de conteúdo pornográfico e escatológico.

Após o recolhimento da edição na sede da revista, Jose Luís Martín e Albert Monteys, respectivamente co-editor e diretor de "El Jueves", mostraram-se indignados.

— Nossa idéia era criticar a medida eleitoreira de Zapatero e dos 2.500 — disse Martín. — Não havia outro objetivo.

Martín assegura que o ânimo da revista é totalmente humorístico e que não pretendiam ofender. Ele disse ainda que a direção da revista assumirá perante a lei as responsabilidades do processo, em lugar dos profissionais responsáveis pela charge.