segunda-feira, 18 de junho de 2007

Novo filme de Michael Moore ataca sistema de saúde dos EUA

Diretor de "Fahrenheit - 11 de Setembro" volta aos temas políticos em "Sicko". As seguradoras americanas já preparam o contra-ataque.

Cultura - G1 - 27/05/2007

Poucos deles virão a tornar-se fãs de Michael Moore. Mas alguns funcionários da indústria de seguros e das companhias de saúde privadas reconheceram nesta semana que o documentário "Sicko", a denúncia de Moore sobre o sistema de saúde nos EUA, cutuca a opinião pública já amplamente preocupada com o fato de que o sistema não funciona para milhões de americanos.

O filme apresenta uma série de histórias comoventes para ilustrar falhas sistêmicas e erros na indústria de planos de saúde do país – mesmo que muitas das maiores evidências sejam as mesmas que já foram denunciadas amplamente em todos os lugares e em alguns casos datem de 20 anos atrás.


cena do documentário: casal saindo do hospital Londrino


Saúde e Iraque

O filme, que será lançado nos EUA em 29 de junho, depois de uma campanha publicitária bem calculada por Moore, chega no momento em que o sistema de saúde se torna a principal preocupação doméstica nas eleições nacionais, perdendo apenas para a guerra no Iraque. Apesar de ainda não terem visto o filme, especialistas da indústria americana têm acompanhado a produção de perto, por meio da imprensa.



Sem comentar sobre as principais críticas do filme sobre o sistema de planos de saúde, a Associação dos Planos de Saúde dos Estados Unidos, um grupo de Washington, sugeriu que a discussão levantada pelo filme pode antecipar o interesse da indústria em obter mais dinheiro do governo para atender pessoas sem seguro de saúde.

"Se o filme resultar em que membros do Congresso e governadores coloquem o assunto sobre a mesa como prioridade número um, tomaremos parte nessa discussão e lhe daremos boas-vindas", diz Karen Ignagni, presidente do grupo de planos de saúde.

Uwe E. Reinhardt, economista de saúde na Universidade de Princeton, disse, baseando-se nas resenhas, que o filme é "exagerado, mordaz e injusto", mas acrescentou que vários livros e relatórios recentes publicados por acadêmicos têm sido tão críticos quanto a produção do diretor de "Roger & Eu", "Tiros em Columbine" e "Fahrenheit 11 de Setembro".


Veja o trailler:

Nenhum comentário: