quinta-feira, 21 de junho de 2007

Divisão na mídia

Negócios & cia – Flávia Oliveira
Jornal O Globo – 15/06/2007

Em 2006, a receita dos canais tradicionais de mídia foi de US$455 bilhões no mundo, enquanto a de novas mídias ficou em US$55 bilhões. Essa equação se inverte, porém, quando o foco está na taxa de crescimento anual de cada parte: 6% no caso das tradicionais contra 23% nas novas, até 2010.

As estimativas são do estudo "Navegando através da divisão da mídia", elaborado pela Global Business Services, divisão da IBM, que ouviu 75 executivos e analistas de mídia, além de economistas, em Europa, EUA e Ásia. A pesquisa identifica quatro modelos de negócios em evidência no segmento, do tradicional ao ligado a novas plataformas (como o YouTube). E que irão cada vez mais se combinar.

A recomendação é usar os desafios desse cenário como oportunidade para crescer. A morosidade da indústria da música na transição para a distribuição eletrônica, por exemplo, pode resultar em perdas de até US$160 bilhões entre 1999 e 2010, afirma o estudo.

— Pela tendência, cresce a geração de conteúdo profissional distribuído por novos meios — diz a consultora Manzar Feres.

A pesquisa traz uma lista com dez recomendações (veja abaixo) para enfrentar a competição com os novos players nesse mercado. A tendência internacional vale no Brasil, mas com atraso. Resultado do cenário econômico e da exclusão digital.

Novos mandamentos:
1 – ter foco no consumidor
2 – usar dados sobre o consumidor como vantagem competitiva
3 – oferecer controle para ganhar participação
4 – fornecer experiências e não apenas conteúdo
5 – promover ambientes virtuais
6 – inovar em modelos de negócios
7 – investir em interatividade
8 – redefinir parcerias para minimizar perdas
9 – mudar investimentos de negócios tradicionais para novos
10 – criar um projeto flexível de negócio
Fonte: IBM Global Business Value

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